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24/09/2025
O Povo Cigano na Umbanda
01/10/2025Na Umbanda, falamos de diferentes formas que os espíritos desencarnados podem se aproximar do nosso mundo. Para entender melhor, podemos usar comparações simples, como se estivéssemos explicando para alguém da família ou para um irmão novo na fé sobre estes espiritos que ainda estão sem luz.
Egum – O viajante em transição
Imagine alguém que acabou de se mudar de cidade. Ele já deixou a casa antiga, mas ainda não se instalou totalmente na nova. Fica no meio do caminho, se adaptando, ajeitando suas coisas e se preparando para a nova fase.
Assim é o Egum: um espírito que desencarnou e está de passagem entre o mundo material e o espiritual. Não causa mal, apenas está em trânsito, aprendendo e buscando sua luz. Todos nós, quando partirmos, também viveremos esse momento de sermos Eguns.
Kiumba – O que não aceita partir
Pense em alguém que perdeu um emprego, mas não aceita a demissão. Ele continua indo até a porta da empresa, reclamando, tentando entrar, mesmo sem ter mais lugar ali.
Esse é o Kiumba: um espírito que não aceita ou não percebe que morreu. Preso aos vícios e sentimentos pesados, ele insiste em ficar na Terra. Aproxima-se de pessoas fragilizadas ou ambientes densos, sugando energia e causando desordem. Na Umbanda, esses irmãos não são tratados como inimigos, mas como necessitados de esclarecimento e encaminhamento.
Obsessor – O companheiro indesejado
Imagine uma pessoa que não sai do seu pé: está sempre criticando, reclamando e puxando sua energia para baixo. Você tenta se afastar, mas ela insiste em se manter grudada.
O obsessor age assim no campo espiritual. Ele se liga diretamente a alguém, drenando suas forças, influenciando pensamentos e até mudando comportamentos. Muitas vezes, essa ligação vem de mágoas antigas, sentimentos de rancor ou afinidade com vibrações negativas. O trabalho da Umbanda é justamente cortar esse laço, ajudando tanto o obsessor quanto o obsediado a se libertarem.
Zombeteiro – O brincalhão irresponsável
Sabe aquele colega que adora pregar peças, inventar histórias e rir dos outros, sem pensar nas consequências? Esse é o perfil do zombeteiro no plano espiritual.
São espíritos que, presos à imaturidade e aos vícios, gostam de confundir pessoas e enganar médiuns despreparados. Muitas vezes se passam por guias de luz, dando recados falsos só para criar confusão. Eles se alimentam do caos que provocam. A melhor defesa contra eles é a humildade e a disciplina do médium, que deve estar sempre em sintonia com seus guias.
Resumindo com metáforas:
Egum: como alguém em mudança de casa, entre o velho e o novo lar.
Kiumba: como quem perdeu o emprego mas insiste em ficar na porta da empresa.
Obsessor: como aquele amigo grudado que só puxa para baixo.
Zombeteiro: como o brincalhão que engana e ri da confusão alheia.
Na visão da Umbanda, todos eles são irmãos em diferentes estágios de consciência. Nenhum está condenado para sempre às trevas — todos, cedo ou tarde, encontrarão o caminho da luz.
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