
O desenvolvimento mediúnico
18/09/2025
A pressa em incorporar e seus riscos
19/09/2025Exu Sete Porteiras é mais do que um nome, é um mistério que habita entre mundos. Guardião dos portais e das chaves, é aquele que vigia o limiar sagrado entre a vida e a morte, entre o conhecido e o oculto. Onde há passagem, ali está sua força; onde há segredo, ali repousa sua vigilância.
Não se conta sua história como se conta a de um homem comum, pois sua existência é feita de encruzilhadas, estradas e sombras iluminadas pelo fogo dos Orixás.
Uns dizem que já foi um cavaleiro que, provado pela vida, transformou-se em sentinela eterno. Outros o conhecem apenas como aquele que se ergue firme diante de qualquer portão, imponente em sua capa e cartola, tingido pelas cores do preto e do vermelho.
Seu trabalho é silencioso, discreto e severo. Ele não se anuncia com festa, mas com presença. É soldado de Ogum e fiel a Obaluaiê, manejando segredos como quem maneja espadas, cuidando das passagens como quem cuida de templos. Na Calunga, nas matas, nas encruzilhadas ou nas estradas, é ele quem decide quem entra e quem não atravessa.
Invocado, protege terreiros, fortalece médiuns, abre caminhos de progresso e sustenta com sua energia quem busca avanço no amor, na vida e na fé. Mas jamais se curva a más intenções: quem pede vingança, encontra silêncio; quem pede com verdade, encontra caminho.
Exu Sete Porteiras é o guardião que não se exibe em vaidades, mas que se firma em cada portal da alma humana. Ele nos lembra que há fronteiras invisíveis que só se cruzam com respeito e fé.
Ele é, acima de tudo, o Senhor dos Portais, aquele que guarda, vigia e ensina que todo segredo tem seu tempo de ser revelado.

Cadastre-se para receber atualizações

