
A Última Gira do Ano: Gratidão, Encerramentos e Renovação de Axé
19/12/2025
2026 sob a Regência de Ogum e Iansã: Fundamento, Movimento e Verdade
26/12/2025Vivemos em um mundo onde estar cercado de pessoas não é garantia de conexão verdadeira. Muitas vezes, sentimos um vazio interior mesmo rodeados por amigos, familiares ou colegas. É o que muitos chamam de “solidão acompanhada”, uma sensação profunda de desconexão, como se a alma estivesse em silêncio mesmo em meio ao barulho do mundo.
Na visão da Umbanda, esse sentimento é compreendido como um chamado do espírito, um sinal de que algo em nosso interior precisa ser olhado com carinho e atenção. A solidão, nesse contexto, não é um castigo, mas um convite ao autoconhecimento, à reconexão com nossos guias espirituais, com o Orixá de cabeça e, principalmente, com nossa essência.
A CAUSA ESPIRITUAL DO VAZIO
Quando estamos desconectados da nossa fé, da nossa missão espiritual ou da nossa ancestralidade, é natural que surjam sensações de vazio. O espírito sente falta de propósito, de caminho, de luz. E essa ausência se manifesta em forma de tristeza, angústia, apatia, mesmo que, por fora, tudo pareça “normal”.
Além das questões espirituais
O sentimento de solidão pode estar ligado a ciclos emocionais e fases da vida. Às vezes, estamos no meio de pessoas que amamos, mas simplesmente não nos sentimos parte. E isso pode acontecer por diversos motivos: mudanças internas, decepções, cansaço emocional ou simplesmente porque estamos em transição, encerrando um ciclo e ainda sem clareza sobre o próximo.
É nessa hora que muitos dizem: “Tô de saco cheio”. E é legítimo sentir isso. Estar cansado de manter vínculos que já não fazem sentido, de conversar sem ser ouvido, de sorrir quando a alma está apertada. Esse “saco cheio” é um alerta do corpo, da mente e do espírito pedindo pausa, renovação e verdade.
A Umbanda, com sua sabedoria ancestral, nos ensina que todo ciclo que se fecha traz ensinamentos. E que não precisamos carregar o que já não alimenta nossa alma. O axé não flui onde há excesso, culpa ou obrigação, ele se manifesta no espaço da verdade, da entrega e da fé.
O QUE FAZER NESSES MOMENTOS?
– Respeite seu tempo: solidão não se cura com pressa, mas com escuta interna.
– Busque sua espiritualidade: mesmo em silêncio, os guias estão ao seu lado. Acenda uma vela, faça um banho, vá à gira.
– Permita-se mudar: às vezes, o que nos isola é o medo de deixar o velho ir embora.
– Converse com quem te entende: um guia, um irmão de fé, alguém que acolha sem julgar.
– Aceite o “saco cheio” como um sinal: não como fraqueza, mas como o início de um novo olhar sobre sua vida.
Na Umbanda, cada fase tem um axé próprio. E mesmo quando tudo parece parado ou distante, algo está sendo preparado no silêncio. Confie. Você não está só.
Saravá!
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