
Exu Sete Porteiras
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As Sete Linhas da Umbanda
20/09/2025Muitos que chegam a um terreiro se encantam com a força das giras e logo sentem vontade de participar mais ativamente. Esse chamado é legítimo, mas precisa ser encarado com responsabilidade.
A mediunidade não é brincadeira, nem demonstração de poder. É entrega, disciplina e compromisso com a espiritualidade e com a caridade.
Um dos maiores erros é querer apressar o processo de incorporação. O médium que se compara a outros, ou que se deixa levar pela ansiedade, acaba se frustrando e, muitas vezes, cai na auto-sugestão ou até na mistificação. Isso não só prejudica sua caminhada, mas também compromete a seriedade da casa.
É importante entender que cada médium tem um tempo único. Alguns incorporam em pouco tempo, outros levam meses ou anos, e há aqueles que nunca terão esse dom específico. Isso não diminui em nada seu valor. Um cambono dedicado, um vidente, um médium auditivo ou sensitivo são tão necessários quanto o médium de incorporação.
Lembre-se que todos os filhos são pilares de sustentação dentro do terreiro.
O que diferencia um bom médium é a confiança no dirigente, o diálogo aberto sobre suas dúvidas e a entrega sincera aos Guias. O medo de errar deve dar lugar à coragem de aprender, porque o erro também faz parte do crescimento. Já a pressa, quando alimentada, só cria bloqueios.
Um Guia verdadeiro não abandona seu médium por demora. Ele respeita o tempo de amadurecimento e só se manifesta quando encontra segurança e preparo.
Mais importante do que incorporar rápido é incorporar de forma verdadeira, transmitindo a presença real da entidade e não a ansiedade do médium.
A pressa deve ser apenas em aprender, servir e se colocar a serviço da espiritualidade. O restante vem naturalmente, no tempo certo, com a serenidade e a autenticidade que os Guias esperam.
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